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Anvisa aprova novo genérico para tratamento da hepatite C
Publicado por infocoacs em indústria farmacêutica, Medicamentos Hospitalares, Na dúvida, consulte o Especialista, News, Varejo farmacêutico em maio 28, 2018
Por: Ascom/Anvisa – Publicado (última modificação): 22/05/2018 15:26
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (21/5), o registro de um medicamento genérico inédito destinado ao tratamento de infecções causadas por hepatite C crônica. O Sofosbuvir, que será utilizado como um componente da combinação do regime de tratamento antiviral, atua como inibidor da polimerase NS5B, enzima essencial para a replicação do vírus que provoca a doença.
De acordo com a Anvisa, a aprovação do Sofosbuvir deve reduzir os custos do tratamento, pois os medicamentos genéricos entrarão no mercado com valor, no mínimo, 35% menor que o do produto de referência.
Até o momento, não havia genéricos do medicamento Sofosbuvir, que está no mercado com o nome comercial Sovaldi, registrado pela empresa Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil Ltda. O registro aprovado nesta segunda (21/5) pela Anvisa foi concedido à empresa Blanver Farmoquimica e Farmacêutica S.A.
Sobre a doença
A infecção viral por hepatite C, conhecida por provocar inflamação do fígado, é um problema de saúde global, com estimativa de 170 milhões de indivíduos cronicamente infectados. Não existe vacina contra a doença, por isso, o caminho é a prevenção.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a hepatite C é causada pelo vírus C (HCV) e está presente no sangue das pessoas infectadas. Entre as causas de transmissão estão a transfusão de sangue e o compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), para higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings.
Embora sejam formas mais raras, a transmissão da doença também pode ocorrer da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, e por sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos infectados cronicamente pelo HCV podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de fígado.
Remédio que impede HIV pode decretar fim da era da camisinha
Publicado por infocoacs em Dispositivos para Endoscopia Terapêutica em abril 10, 2015
(Revista Exame, matéria na íntegra – agência EFE)
nota do Infoco Saúde: a matéria não aborda a importância de se prevenir outras doenças, o que faz do uso da camisinha um hábito ainda muito importante, apesar dos avanços contra o HIV.
Nova York – Mais de dez anos após ser aceito como tratamento para o HIV e passados já 30 meses desde que conseguiu ser oficialmente considerado como uma profilaxia para o vírus (PrEP), o remédio Truvada vai ganhando popularidade e cobertura, influenciado a vida sexual dos americanos. Este medicamento produzido pelo laboratório Gilead, que tem sua versão genérica do laboratório indiano Cipla, passou por vários estados: tratamento regular para infectados, pílula “do dia anterior” ou do “dia seguinte” de ter relações de risco e, já há dois anos e meio, tratamento regular diário para pacientes em risco.
Neste último formato, o PrEP só funciona por enquanto nos Estados Unidos, Brasil e África do Sul, embora esteja em processo para ser aprovado na França.
E enquanto os laboratórios, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) são claros e o catalogam como uma precaução adicional ao uso de outras medidas, especialmente o preservativo, a aplicação prática não é exatamente assim.
“Eu escolhi não usar preservativos. Estou tomando PrEP desde o dia 19 julho de 2011. No primeiro ano o combinava com preservativos, porque ainda era muito novo. Minha cabeça não podia sentir-se segura sem preservativo. Mas, uma vez que minha experiência demonstrou que realmente funciona e que o tomo todos os dias, já não uso preservativo”, disse à Agência Efe Damon Jacobs, terapeuta sobre transmissão do HIV e medicado com Truvada.
Jacobs está em tour pelos Estados Unidos com uma palestra na qual conta sobre sua experiência com o remédio, que foi adquirido em farmácias com prescrição médica para uso profilático por 3.253 pessoas entre janeiro de 2012 e março de 2014.
O Truvada, uma combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabine, já é um tratamento aceito em modo coparticipativo pela grande maioria dos seguros médicos privados, no Obamacare, para o qual a própria farmacêutica oferece um plano de financiamento. Nova York e Washington são os estados que encabeçaram esta medida. O medicamento pode interferir na função renal e provocar dores de cabeça e náuseas nos primeiros meses de uso. Para Jacobs, tudo muito pouco perto dos benefícios.
“Os únicos efeitos colaterais que tive são paz mental e um sexo incrível, porque sexo sem medo é algo extraordinário e não sabia o que era até agora pouco”, comentou.
O terapeuta faz parte de um dos grupos apontados pela OMS como os de maior risco: a população homossexual, à qual “recomendou encarecidamente” que adote a medicação como medida para acabar com a epidemia da aids, já que tem 99% de efetividade, assim como outros grupos de risco, como heterossexuais com vários parceiros sexuais e usuários de drogas injetáveis.
“Nos últimos dez anos, a população negra, gay e bissexual, entre 13 e 24 anos é a que mais registrou aumentos do percentual de contaminação pelo HIV”, explicou Jacobs.